A Síndrome de Burnout, também conhecida como esgotamento profissional, se refere a um estado de estresse que usualmente é provocado pelo excesso de trabalho ou sobrecarga.
Do inglês, 'burn' significa queima e 'out' exterior. Seria, então, como queimar algo até o fim. Quem sofre dessa síndrome esgota suas energias físicas e emocionais devido à rotina desgastante no trabalho.
Devido ao excesso de trabalho, a síndrome de burnout é bastante comum em profissionais como médicos, enfermeiros, professores, jornalistas, etc.
Alguns sintomas desse distúrbio emocional são:
- exaustão extrema
- nervosismo
- depressão
- ansiedade
- problemas físicos (dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas)
- alteração no apetite
- insônia
- esgotamento físico e mental
- dificuldade de concentração
- sensação de fracasso e insegurança
- pressão alta
- alterações repentinas de humor
- isolamento
Para conseguir perceber que o estresse passou dos limites chegando a esse tipo de quadro, é preciso observar a durabilidade dos sintomas.
Quando as sensações negativas se tornam persistentes e se intensificam à medida que o tempo passa, é preciso ficar alerta, pois pode ser um sinal de que de fato as coisas não vão bem.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2017, 45,8% dos médicos brasileiros já relataram sobre estresse e esgotamento em algum momento de suas carreiras, enquanto em outros profissionais o índice é de 30%.
Também em 2017, o CFM passou a dar mais atenção para essa doença, visando debates sobre. Muitos eventos voltados para os profissionais da medicina, como congressos e seminários, procuram incluir cada vez mais o tema em suas programações para conscientização e mobilização das instituições e médicos. Burnout é uma doença que pode, inclusive, se tornar incapacitante.
Burnout em médicos
As condições de trabalho da maior parte das instituições de saúde infelizmente não é boa. Além de faltar equipamentos, muitos dos profissionais são sobrecarregados e atuam em estruturas deterioradas. Tudo isso influencia para o surgimento da síndrome de burnout.
Tais motivos já seriam suficientes para refletir na síndrome, mas há ainda outros fatores como os plantões exaustivos, a vida social reduzida, o tempo afastado da família, e as poucas horas de lazer e sono.
Além disso, os ambientes de serviços de saúde são naturalmente causadores de estresse.
As 10 especialidades da medicina que são mais “infelizes” com a atividade que realizam são:
- Radiologia
- Medicina Interna
- Medicina de emergência
- Medicina da família
- Urologia
- Neurologia
- Cardiologia
- Infectologia
- Pneumologia
- Terapia intensiva
A infelicidade com o trabalho acaba refletindo negativamente ao burnout, podendo assim ser mais propício a causar os sintomas da doença.
Com tudo isso te torna essencial atentarmos para o surgimento da síndrome em profissionais da saúde e o que fazer, visto que além de afetar o sistema de saúde, afeta a qualidade do atendimento e reflete na vida pessoal do médico em questão.
Diagnóstico de burnout
A maneira de adquirir o diagnóstico é com algum especialista em saúde mental, como psicólogos ou psiquiatras.
Será levado em conta diversos fatores como, por exemplo, o levantamento do histórico do paciente (intensidade dos sintomas e o quão incapacitante está para trabalhar), bem como o contexto de envolvimento e satisfação pessoal.
Além disso, respostas psicométricas de um questionário baseado na Escala Likert auxiliam no diagnóstico também.
Como evitar a síndrome de burnout?
É preciso se cuidar e tomar cuidado com a auto sabotagem. Não utilizar como desculpa a falta de tempo para não ter momentos de lazer, cuidados com a mente e com o corpo.
A consciência de que algo não está certo é o caminho para evitar que os sintomas da doença surjam.
Mudar o estilo de vida pode ser uma das melhores formas de prevenir e até mesmo tratar a síndrome.
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Pare e pense de forma avaliativa se suas condições de trabalho estão afetando a sua qualidade de vida e, consequentemente, na sua saúde física e mental
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Se proponha uma dinâmica nova para as obrigações e atividades diárias dos seus objetivos profissionais
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Evite consumir bebidas alcoólicas, cigarro ou outras drogas, pois pode piorar ainda mais a confusão mental do que de fato está sentindo
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Converse com pessoas que você confia, como amigos e familiares. Assim como outras doenças, muitas vezes quem tem a síndrome de burnout não se dá conta do que está acontecendo.
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Busque ter um ambiente acolhedor em sua casa. Da mesma forma que um médico precisa dedicar seu tempo e empatia com o paciente, ele também precisa de condições que o proporcionem isso.
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Não deixe de cuidar da sua saúde mental. A ajuda de um profissional é sempre a melhor opção do que 'deixar pra lá' por achar que é algo bobo ou achar que não é nada além de cansaço. Importante lembrar que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física.
Se atente para não colocar demandas dos outros acima das suas próprias demandas. Isso é um fator de risco que, se acontecido com frequência, também tende a causar sobrecarga e consequentemente adoecer.
Tratamento
Exercícios físicos e hábitos de vida saudáveis são partes importantes no tratamento. Usualmente são utilizados também antidepressivos e/ou ansiolíticos e psicoterapia.
Caso a doença seja identificada no início, é possível se recuperar tirando uma licença do trabalho por alguns dias. O repouso e realização de atividades que geram prazer são de extrema necessidade durante o período de licença.
Reorganizar a vida no escritório médico em que trabalha é essencial em casos mais graves. Dedique mais tempo para cuidar de si e saiba gerenciar possíveis frustrações e auto cobranças.
O tratamento costuma durar entre um e três meses, mas dependendo do caso pode demorar um pouco mais.
Caso não siga as recomendações médicas, a doença pode se agravar de tal forma a gerar distúrbios físicos e, na pior das hipóteses, depressão, sendo necessário então a internação para que possa ser avaliado de forma detalhada.
Procure se envolver de fato em momentos de felicidade, lazer e prazer. São coisas simples e essenciais tanto no tratamento quanto na prevenção da síndrome de burnout.
Para quaisquer dúvidas que possam surgir sobre o tema ou sobre o nosso sistema propriamente dito, estamos à disposição para saná-las e ajudar no que for necessário.
Fique de olho e nos acompanhe nas próximas postagens! :)

Lívia Nogueira
Lívia é do time de Marketing e redatora do BeeRads.
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