Eletroencefalograma na medicina ocupacional

por Lívia Nogueira em 17/02/2021 ⇠ Veja outros Posts

Antes de conversarmos sobre o eletroencefalograma na medicina ocupacional precisamos falar um pouco sobre o que é esse exame e o que ele diagnostica. Vamos lá?

Também chamado de eletroencefalo, essa modalidade de exame é feita para detectar diversas doenças neurológicas e psiquiátricas. Doenças que variam desde infecciosas até mesmo degenerativas. 

Inchaço no cérebro (parcial ou inteiro), distúrbios no sono, epilepsia, lesões cerebrais, perda de consciência, demência, sangramento excessivo, inflamação ou infecção do cérebro, tumores, cefaleia, etc, são alguns dos exemplos que podem atingir nosso cérebro.

Quando a finalidade do exame é para fins relativos à saúde do trabalho, é então chamado de eletroencefalograma na medicina ocupacional. É assim denominado quando indicado para colaboradores que exercem funções de risco no dia a dia do trabalho, como motoristas, trabalhadores em altura e pilotos de avião, por exemplo.

O eletroencefalograma é indicado para pacientes que estejam com suspeita de anormalidade na atividade cerebral e é ainda mais comum quando há indícios de epilepsia.

Se trata de um exame indolor, rápido e seguro, onde o médico solicita ao paciente que se deite numa maca e então mede sua cabeça, marcando os pontos que serão colocados os eletrodos para o exame. Com isso é possível registrar as atividades cerebrais. Os eletrodos permitem uma melhor captação dos sinais elétricos que nosso cérebro emite e cada um deles fica conectado a um computador que mede e registra através de gráficos e folhas as ondulações das atividades cerebrais.

Por ser um exame indolor e seguro, pode ser aplicado desde em recém-nascidos até em idosos, pois não é invasivo e nem deixa no paciente efeitos colaterais. Pode também ser realizado em gestantes sem nenhuma contraindicação.

Este é um procedimento bem antigo, criado com a descoberta feita por um alemão chamado Hans Berger, em 1929. Ele descobriu que o cérebro produzia atividade elétrica. Apesar dessa descoberta, foi apenas nas últimas décadas, após a associação com a informática, que o sistema se popularizou. Os impulsos elétricos são amplificados e registrados em papel.

Para que serve o eletroencefalograma ocupacional?

Também conhecido como EEG, o exame auxilia no diagnóstico tanto de males da consciência quanto de males neurológicos e é utilizado em trabalhadores que executam atividades de risco.

Os Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) têm em sua grade de exames integrados o eletroencefalograma ocupacional para trabalhadores que executam suas tarefas nas alturas, pessoas que trabalham com máquinas perigosas ou que em seu emprego haja um potencial para provocar danos para a sua própria segurança ou de seus colegas.

Alguns exemplos de pessoas que podem se beneficiar da realização periódica deste exame com finalidade ocupacional são motoristas profissionais, limpadores de fachadas de prédios e trabalhadores que utilizam máquinas pesadas como em fabricação de automóveis. 

Um dos riscos mais perigosos de pessoas que exercem esse tipo de trabalho é adquirir doenças repentinas como a epilepsia, pois é uma doença que colocaria em risco não apenas a vida do trabalhador em questão, mas também de seus colegas, clientes e pessoas que estivessem ao seu redor.

É aconselhável que o exame seja feito em pacientes que apresentem sintomas ou algum histórico que dê margem a alterações no funcionamento de seu cérebro e por isso é importante que passem por entrevista e avaliação física antes de realizar o exame, para que assim saiba se realmente é necessário realizá-lo.

Quais as vantagens do eletroencefalograma ocupacional?

O EEG é um dos diversos exames preventivos que visam preservar a saúde do trabalhdor e foi implementado com o surgimento da medicina do trabalho.

Dentre suas vantagens estão: 

  • Minimizar o risco de males súbitos que tendem a impactar no funcionamento do cérebro

  • Constante avaliação e preocupação com o trabalhador em sua função de risco, até mesmo desde o momento da sua admissão

  • Manobras de tempo mais rápidas que o exame clínico de eletroencefalograma

  • Possibilidade de ser realizado pela telemedicina quando as unidades de saúde não tiverem um especialista qualificado para laudar o exame com a devida eficiência

  • Laudos a distância rápidos e eficazes. Confira com a gente e saiba mais!

Diferença entre eletroencefalograma ocupacional e clínico

  • Eletroencefalograma ocupacional é mais rápido que o clínico

  • EEG clínico tende a ser mais detalhado que o ocupacional por ter uma proposta diferente

  • EEG clínico ajuda na confirmação de suspeitas que o médico tenha em relação ao paciente

  • Ocupacional é feito de forma periódica como prevenção de agravantes da saúde do trabalhador

  • EEG clínico é feito principalmente para investigar e acompanhar doenças cerebrais com neurologistas e clínicos gerais, enquanto o ocupacional é feito em trabalhadores saudáveis, mas que exercem atividades de risco em seus trabalhos

  • EEG clínico geralmente é feito quando há queixas relacionadas ao sistema nervoso como, por exemplo, epilepsia, crise parcial complexa, convulsões ou ataques em que o paciente esteja se debatendo

Ao optar pela telemedicina e o laudo a distância identifica-se inúmeros benefícios. Acompanhe alguns com a gente:

  • Possibilidade dos laudos serem interpretados por médicos neurologistas experientes na interpretação de exames de eletroencefalograma em qualquer lugar, desde que tenha o CRM ativo.

  • Para que seja algo realmente confiável é preciso que o médico tenha sua assinatura eletrônica nos laudos para evitar fraudes. Tal assinatura pode ser validada com o Conselho Federal de Medicina (CFM), juntamente com a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SMIS).

  • Além do laudo a distância, a telemedicina auxilia na disponibilidade de uma segunda opinião entre médicos no acompanhamento do exame de um paciente caso sinta necessidade.

  • O laudo a distância apresenta custo menor se comparado ao laudo presencial do neurologista e fica pronto em minutos, não em horas ou até mesmo em dias, como é o caso do laudo presencial.

  • Redução de custos e oferece praticidade por ficarem salvos na nuvem.

  • Aumento do volume de atendimentos, visando a praticidade virtual que a telemedicina oferece.

Para quaisquer dúvidas que possam surgir sobre o tema ou sobre o nosso sistema propriamente dito, estamos à disposição para saná-las e ajudar no que for necessário. 

Fique de olho e nos acompanhe nas próximas postagens! :)

 

Lívia Nogueira

Lívia é do time de Marketing e redatora do BeeRads.

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